terça-feira, 4 de novembro de 2014

Quanto mais penso que preciso de alguém na minha vida, mais me apercebo que preciso de mim próprio.


No fundo é isso mesmo. Temo-nos a nós próprios e essa certeza deve ser bem consolidada na nossa vida. Afinal de contas, fazer de nós próprios prioridade não é assim tão errada, já que se tudo correr mal, é bom que nos tenhamos a nós próprios e que essa relação, de mim para mim, seja boa. A mente pode ser um canto escuro se não for educada e explorada e não devemos ignorá-la já que, nós só nos temos a nós próprios.


Elis Regina canta: “Eu preciso aprender a ser só. Poder dormir sem sentir seu calor”. Apesar de sermos mamíferos e sermos absolutamente dependentes uns dos outros, como sociedade. De vivermos num ambiente tão inteiramente dependente de uns dos outros, onde a componente social é uma fatia extremamente importante do nosso comportamento, devemos ainda assim estimar esta relação que existe com o nosso eu.


Nada é garantido nesta vida. Nada é certo e as certezas, essas, estão repletas de dúvidas e quanto mais vivo, mais sei que nada sei. Aquilo que temos, mesmo a própria vida, é temporário e portanto, mesmo a certeza de estarmos vivos pode apenas durar até ao próximo dia. O certo é que nós temos a nós próprios e mesmo que partilhemos as nossas vidas com quem quer que seja, a nossa individualidade, o nosso Eu, não pode ser esquecido.




Quanto mais penso que preciso de alguém na minha vida, mais me apercebo que preciso de mim próprio.

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