No fundo é isso mesmo. Temo-nos a
nós próprios e essa certeza deve ser bem consolidada na nossa vida. Afinal de
contas, fazer de nós próprios prioridade não é assim tão errada, já que se tudo
correr mal, é bom que nos tenhamos a nós próprios e que essa relação, de mim
para mim, seja boa. A mente pode ser um canto escuro se não for educada e
explorada e não devemos ignorá-la já que, nós só nos temos a nós próprios.
Elis Regina canta: “Eu preciso
aprender a ser só. Poder dormir sem sentir seu calor”. Apesar de sermos
mamíferos e sermos absolutamente dependentes uns dos outros, como sociedade. De
vivermos num ambiente tão inteiramente dependente de uns dos outros, onde a
componente social é uma fatia extremamente importante do nosso comportamento,
devemos ainda assim estimar esta relação que existe com o nosso eu.
Nada é garantido nesta vida. Nada
é certo e as certezas, essas, estão repletas de dúvidas e quanto mais vivo,
mais sei que nada sei. Aquilo que temos, mesmo a própria vida, é temporário e
portanto, mesmo a certeza de estarmos vivos pode apenas durar até ao próximo
dia. O certo é que nós temos a nós próprios e mesmo que partilhemos as nossas
vidas com quem quer que seja, a nossa individualidade, o nosso Eu, não pode ser
esquecido.
Quanto mais penso que preciso de
alguém na minha vida, mais me apercebo que preciso de mim próprio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário