Acho que o segredo da vida está exposto aos nossos olhos
todos os dias. Não no foi vendado uma única vez e no entanto, é-nos
desconhecido.
Ao fecharmos os olhos, continuamos a ouvir. Ao deixarmos de
ouvir, continuamos a sentir, pelo tacto. A vida, tal como é, só pode ser
construída por pequenos fios que a sustentam. O que lhe dá força, é o número de
fios, tal como numa teia de aranha. De alguma forma esses fios somos todos nós.
Ligados uns aos outros, criamos algo inexplicável, único. Uma rede de pessoas, sentimentos,
sensações, a Vida.
Não acredito em fronteiras. Mesmo na cegueira e na surdez,
não somos privados do resto do mundo. Continuamos a vê-lo, a ouvi-lo, a
senti-lo. Porquê? Porque as barreiras são convenções inventadas por nós
próprios. Criadas, na tentativa de fortalecer algo, de manter qualquer coisa. Mas,
quando são quebradas, é que a magia acontece. A História da humanidade é prova
disso. Temos vindo a quebrar barreiras, só ainda não as quebrámos no coração,
no sentir, na Vida.
Como dizia
no filme do Cloud Atlas: “I understand now that boundaries between noise and
sound are conventions. All boundaries are conventions, waiting to be
transcended. One may transcend any convention if only one can first conceive of
doing so.”. O que devemos fazer? Transcendermo-nos!
16-7-13
Nenhum comentário:
Postar um comentário