Há um silêncio que paira no ar.
Não sei se são as ondas ou a brisa dançante, mas o mar sempre foi para um lugar
de calma e de paz.
Sem se cansar, o mar e a Lua, na
sua eterna dança, criam estes cabelos de ondas que rodopiam e se enlaçam,
levando e lavando a alma de quem os observa.
Sinto-me vazio. Um vazio que me
fez voltar à Eterna Pergunta: “Que ando aqui a fazer?” ou “O que estamos nós
aqui a fazer?”. Não sei a resposta, mas há algo no Mar que me dá motivos. E os
motivos são a força motriz desta vida. Ao ver a sua beleza e o seu perpétuo
esplendor, questiono-me quantas mais pessoas já pararam nas suas vidas e viram
esta mesma beleza da qual sou testemunha. Será que somos uma eterna repetição
daqueles que nos antecedem? Será que somos de facto únicos? Não há certezas de
nada. Nem de tudo. Nem de coisa nenhuma. Apenas que vale a pena vir ver o Mar.
22-10-14
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