Seria mentira dizer que o
sopro da vida me abandonou,
que o verde do jardim enfraqueceu depois das nossas Primaveras,
ou que o mar já não é salgado pelas lágrimas que verti nele em desespero de ti.
Mas eu sei que o meu sorriso nunca mais foi o mesmo.
Provavelmente estará também com o meu calmo sono, que hoje, pouco ou nada me visita.
que o verde do jardim enfraqueceu depois das nossas Primaveras,
ou que o mar já não é salgado pelas lágrimas que verti nele em desespero de ti.
Mas eu sei que o meu sorriso nunca mais foi o mesmo.
Provavelmente estará também com o meu calmo sono, que hoje, pouco ou nada me visita.
Tal como em qualquer inverno me pergunto se a Primavera virá,
pergunto-me também se algum dia virás devolver-me aqueles anos.
Talvez, de facto, sejamos como Psyche e Cupido,
ou talvez não, pois nem sequer coragem de aceder a vela tenho.
Desde então, apenas vagueio dentro de mim mesmo.
Mais um
ano e outro insuportável Outono que passa.
Pelo menos antes tinha algo para festejar para além dos (teus) tons castanhos.
Agora só as nuvens me acompanham, chorando por mim.
Pelo menos antes tinha algo para festejar para além dos (teus) tons castanhos.
Agora só as nuvens me acompanham, chorando por mim.
Seria tolo dizer que ainda te amo, pois o amor não é eterno
Mas seria ainda mais tolo dizer que já não sinto amor.
Talvez o que queria dizer é que tenho saudades tuas.
Se não tivesse cosido a boca, dir-te-ia, com um sorriso.
Mas a vida obriga-me a sussurrar e eu sei que não ouvirás.
Despeço-me, com um sorriso.
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