domingo, 18 de outubro de 2009

Quarto que dorme

Enquanto o dia entristece
As paredes do meu quarto fecham os olhos
Apenas estão na mesa os vestígios de alguém,
De uma acção.

O ambiente é tão boémio,
Tão ébrio o ar que se respira
Tão sonolento o cheiro que não existe.

Só se sente o movimento
Daquelas colunas que não se calam
E que continuam a cantar o fado português
E enquanto cantam, dorme o quarto o sono fatal.